RELACIONAMENTO FAMILIAR
Por incrível que possa parecer, frente ao Diagnóstico de FPIES ou qualquer outra patologia, o relacionamento familiar fica abalado. É muito difícil aceitar e se adaptar as inúmeras mudanças que uma Dieta de Exclusão requer.
Serão dias e noites escolhendo os melhores alimentos, cuidados mais que especiais com higienização e preparação de pratos. Gastos financeiros altos. E falta de confiança em delegar a tarefa.
Como driblar todo essa situação? Este é o espaço que pretende te ajudar com todas as perguntas que vão surgir.
A relação marido e mulher frente ao diagnóstico da Alergia Alimentar
Há de fato uma imensa alegria e encantamento na chegada de um bebê. Porém, a rotina e as tarefas do dia a dia não são um conto de fadas, elas são exaustivas. Somada as exigências do cotidiano há também as transformações emocionais, pois o casal deixa de ser apenas homem e mulher para se tornar: pai e mãe.
A mulher normalmente (apesar de nem sempre) assume o papel de mãe antes do homem despertar para o papel de pai. Isso porque o bebê já está dentro dela desde o início, tornando essa relação simbiótica. Os pais, muitas vezes, conectam-se com o bebê somente após o nascimento, momento em que ele realmente sente a presença da criança.
O fato do despertar para os novos papéis nem sempre ser ao mesmo tempo pode gerar conflitos e cobranças entre o casal, pois um não consegue entender e respeitar o tempo do outro. É preciso ter consciência desse processo para ser paciente e não deixar que a chegada do bebê atrapalhe a harmonia da relação.
Se em situações normais a paternidade e a maternidade já são um desafio para o casal, é de se esperar que isso seja ainda mais complicado quando a criança requer algum cuidado especial.
Ao receber o diagnóstico de alergia alimentar os pais se sentem frustrados e angustiados, o que é normal. Porém, algumas atitudes desencadeadas por esses sentimentos podem não ser saudáveis, por exemplo: alguns pais tendem a querer descobrir quem foi o culpado, outros negam ou se tornam excessivamente controladores, se isolam em sua dor e não partilham com o companheiro (a) o que estão sentindo, etc.
Apesar de a alergia ser hereditária, não é hora de buscar quem foi o culpado. Quando o casal se distancia no momento de dificuldade tudo fica mais difícil. Em contrapartida, quando o casal chora junto e aceita a nova realidade tudo fica mais fácil.
A maior dificuldade da alergia alimentar é que seu tratamento não é seguido apenas pela criança, mas por toda família uma vez que envolve a alimentação. É preciso alterar toda dinâmica familiar, o lazer, etc. Portanto, é extremamente necessário que o casal colabore mutuamente.
Quando o casal partilha os desafios da alergia alimentar ele se une ainda mais, cresce e evolui junto, consequentemente a criança melhora mais rápido.
Texto de Renata Pinotti, nutricionista e terapeuta, especialista em Nutrição Hospitalar pelo Instituto da Criança da Universidade de São Paulo (ICHC – FMUSP), Mestre em Nutrição Humana Aplicada pelo PRONUT-USP e colaboradora da FPIES BRASIL
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Alergias Alimentares e o Stress Parental
A cada dia cresce o número de famílias que convivem com as Alergias Alimentares, sobretudo a FPIES. São alergias persistentes e controlar a doença pode ser difícil e estressante. Os médicos estão cada vez mais conscientes do impacto que isso traz. Porém, pais que convivem com as Alergias Alimentares, às vezes, se esquecem, e não conseguem mensurar que o nível extra de stress pode acarretar danos a sua saúde.
Em 2013, na Convenção Anual da AAAAI (American Academy of Allergy, Asthma & Immunology), uma das palestras trouxe como tema o Stress Parental e a dificuldade de cuidar de crianças com alergias alimentares graves. Cada vez mais, os médicos americanos estão olhando as consequências dessa tensão e tentando achar respostas para como melhor apoiar as famílias nas suas lutas diárias.
"Gestão Familiar de Alergias Alimentares nas crianças: Padrões de Alimentos, Prevenção e Reação. Preparação de respostas relativas à Ansiedade" foi um artigo apresentado na Conferência da AAAAI em 2013. Foi também, publicado pelo Jornal de Alergia e Imunologia Clínica.
Saiba mais em: http://www.jacionline.org/article/S0091-6749%2812%2903021-7/fulltext.
Este texto foi postado pela IAFFPE em 02/05/2013 e se mostra atual em 27/05/2014. Fonte: http://iaffpe.wordpress.com/2013/05/02/life-with-fpies-parental-stress/
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Inclusão: Problema ou Oportunidade?
Quando a criança começa a engatinhar ou andar se torna atrativo comer e beber coisas que ela encontra pelo chão ou pedir a comida dos pais ou amiguinhos. Surge, então, a real necessidade de adaptá-la a vida social.
Como explicar à criança que ela não pode comer e beber tudo o que as outras pessoas comem ou bebem?
Na escola, o biscoito de água e sal que os amiguinhos comem, ela não pode.
Na casa dos tios, o queijo ralado do macarrão não pode, talvez o macarrão também não possa.
Quando vai à festas infantis, aquele brigadeiro que está na mesa do bolo, NÃO é para ela!
Como Adaptá-la? Como incluí-la? É uma tarefa dolorida!
A FPIES BRASIL pediu auxílio ao corpo clínico para que pudessemos enxergar a Inclusão sobre um ponto de vista mais positivo.
Com a palavra, Dr. Ivan Stiefelmann, que é psicólogo e educador alimentar.
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