Resposta do Dr. Matt à Conselheira Educacional de Clawson no Michigan
- Renato T. Ashcar
- 27 de nov. de 2014
- 2 min de leitura
Lidar com a Alergia Alimentar nas escolas continua sendo um desafio. Não existem muitas normas para guiar os profissionais das escolas, no que diz respeito tanto a lidar com a Alergia Alimentar, quanto balancear as necessidades dos 8 % de crianças alérgicas com o restante das crianças não alérgicas. Dados recentes (Pesquisa sobre Saúda Infantil do C.S. Mott Children’s Hospital, de março de 2014) mostram que não existe um consenso claro entre os pais de como lidar com esse assunto. Chegar a um denominador comum onde todas as crianças tenham suas necessidades nutricionais atendidas é uma tarefa extremamente difícil, porém pode-se chegar a soluções aceitáveis para todos os envolvidos.
Posto isso, os comentários de um membro do Conselho Escolar de Clawson em Michigan, no Encontro Regional de Educação em Novembro 2014, foram desanimadores e inapropriados. O membro do conselho sugeriu que estudantes com Alergias Alimentares “deveriam tomar um tiro” como modo de resolver os seus problemas de saúde. Obviamente, ela estava brincando, mas os comentários foram insensíveis. Alergia Alimentar não é assunto de piadas, essas crianças não devem ser alvo de escárnio. Seguem abaixo algumas razões pelas quais as Alergias Alimentares devem ser levadas a sério pela comunidade educacional.
Alergia Alimentar é uma doença crônica que vem crescendo rapidamente, afetando 8% das crianças. As reações podem ser muito graves, potencialmente fatais, além de serem terríveis de se vivenciar. Não existe cura ou tratamento para Alergia Alimentar.
Crianças, especialmente aquelas com problemas de saúde crônicos são frágeis e vulneráveis. Eles nunca devem ser alvos de piadas. Isso passa a mensagem de que é aceitável menosprezar alguém, e demonstra ignorância e falta de empatia com aqueles que convivem com essa doença em particular.
Acomodar crianças com múltiplos problemas de saúde em uma escola é desafiador, porém não é uma desculpa para demonstrações públicas de intolerância a qualquer estudante, qualquer que seja a razão, incluindo problemas de saúde, religião, raça, cor ou condição financeira.
Campus Escolares são uma comunidade, e os membros da comunidade devem trabalhar juntos para resolver os problemas. Os administradores devem ser os primeiros a dar o exemplo. Escárnio ou atitudes similares por parte de membros de Conselhos Escolares são contraproducentes.
O Estatuto Federal dos Deficientes proporciona às crianças com Alergias Alimentares e outras doenças o direito de frequentar a escola. É dever legal da escola cumprir a lei como tal.
Eu gostaria de convidar os membros do Conselho Escolar de Clawson, ou outras autoridades públicas de Educação que estiverem interessados, a vir passar um dia conosco na clínica do Centro de Alergias Alimentares da Universidade de Michigan, para entenderem melhor os desafios associados à convivência com Alergias Alimentares. Quando você interage diretamente com essas famílias, é difícil não criar simpatia. Nós todos devemos trabalhar juntos para promover estratégias benéficas para lidar com essa crescente epidemia.
Você pode conferir a carta do Dr. Matt na integra clicando aqui:

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