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Como as bactérias da flora intestinal dos bebês podem prever Futuras Alergias Alimentares ou a Asma?

  • Renato T. Ashcar
  • 9 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

Um novo estudo feito por pesquisadores Canadenses das Universidades de Manitoba e Alberta está lançando uma nova luz sobre: Como as mudanças nas bactérias intestinais dos bebês podem prever um desenvolvimento futuro de Alergias Alimentares ou Asma.

A pesquisa, publicada na edição de fevereiro do jornal Clinical & Experimental Allergy, revela que bebês, com um menor número de bactérias diferentes na flora intestinal aos três meses de idade, estão mais propensos a se tornarem sensíveis a alimentos como o leite, ovo ou amendoim quando completarem um ano de vida. Bebês que desenvolveram sensibilidade alimentar também apresentaram níveis alterados de dois tipos específicos de bactéria, Enterobacteriaceae e Bacteroidaceae, comparados a bebês que não desenvolveram sensibilidade.

“Usando técnicas de DNA para classificar bactérias nos laboratórios, Scott e Guttman, na Universidade de Toronto, nós obtivemos informações dos diferentes tipos de bactérias ‘boas’ presentes nas amostras de fezes de bebês aos três meses de idade e depois com um ano de idade”, relata Anita Kozyrskyj, professora do Departamento de Pediatria da Universidade de Alberta a autora sênior do estudo. “Nós pudemos então, ver quais bactérias presentes aos 3 meses de idade previam o desenvolvimento de sensibilidade alimentar a 1 ano de idade, tal como medido por testes de reação cutânea ao alimento”.

“Nós continuamos a estudar este processo”, diz Meghan Azad, professora assistente do Departamento de Pediatria & Saúde Infantil da Universidade de Manitoba e principal autora do estudo. “"Em última análise, esperamos desenvolver novas formas de prever ou tratar alergias, possivelmente modificando a microbiota intestinal”

O estudo, financiado pelo Instituto Canadense de Pesquisa de Saúde e por AllerGen NCE, analisou dados de 166 bebês inscritos no Canadian Healthy Infant Longitudinal Development (CHILD) Study. Este estudo de referência envolve mais de 3.500 famílias e seus bebês recém-nascidos por todo Canadá, incluindo 1.000 em Manitoba e 750 em Edmonton, que estão sendo monitorados de perto para determinar os fatores genéticos e ambientais (lar) que contribuem para futuras alergias e asma.

Os pesquisadores dizem que os dados dos padrões de bactérias da flora intestinal durante a infância servem como biomarcadores para futuras doenças.

“É algo que pode ser medido, e que pode indicar o risco de sensibilidade alimentar a 1 ano de idade”, diz Kozyrskyj.

Tanto Kozyrskyj quanto Azad, que também é pesquisadora científica no Children’s Hospital Research Institute of Manitoba, alertam que os resultados não significam necessariamente que as crianças vão progredir para alergias alimentares quando ficarem mais velhas. Estes pesquisadores em breve expandirão o tamanho das amostras, assim que dados das crianças nos estudos da CHILD em Edmonton, Winnipeg, Vancouver e Toronto forem fornecidos. A esperança é de eventualmente ter dados de até 2.500 crianças por todo Canadá. Os pesquisadores planejam acompanhar o crescimento destas crianças, examinando novamente os resultados aos três e aos cinco anos de idade.

"O que nós realmente queremos saber, é se os bebês que apresentam alterações na composição das bactérias da flora intestinal, vão continuar a desenvolver Alergias Alimentares ou outras alergias, ou até mesmo asma", diz Kozyrskyj.

Confira na íntegra:

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