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ANAFILAXIA Essa alergia pode matar!

  • Dra. Elaine Gagete
  • 13 de mai. de 2015
  • 4 min de leitura

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Você sabe o que é anafilaxia?

Muitas pessoas já ouviram falar em “choque anafilático” e desconhecem que anafilaxia é o início deste tão temido problema. Pois bem, ANAFILAXIA, é uma reação alérgica grave que pode colocar o indivíduo em risco de morte se não for atendido prontamente. O “CHOQUE ANAFILÁTICO” é uma das conseqüências da anafilaxia, onde a morte pode ocorrer por falência da circulação. No caso do choque, a pressão arterial fica muito baixa e pode se associar a alteração do nível de consciência. Além do choque, a pessoa que apresenta anafilaxia pode morrer devido ao comprometimento na respiração, já que outra conseqüência dessa grave doença pode ser o fechamento das vias respiratórias.

Como reconheço que estou tendo uma anafilaxia?

A reação é muito rápida. Na maioria das vezes ocorre urticária generalizada (placas vermelhas no corpo), muita coceira, inchaço de olhos, boca, orelhas que pode evoluir para o corpo todo, falta de ar, batedeira, tontura, sensação de aperto no peito e/ou garganta, vômito, diarréia. Nem sempre esses sintomas vêm todos juntos, mas o que caracteriza a anafilaxia é que há comprometimento de órgãos internos, não apenas da pele, embora as alterações na pele sejam as mais frequentes, principalmente as placas vermelhas e o inchaço de olhos e boca.

O que causa essa reação?

A anafilaxia pode ser provocada por várias causas, ou seja, os desencadeantes e os mais comuns são: medicamentos (antiinflamatórios, antibióticos, anestésicos, etc.), alimentos (leite, ovos, trigo, gergelim, frutos do mar, frutas, etc.), venenos de insetos (abelha, vespas, formigas), látex (luvas e outros materiais médico hospitalares, balões de festa), exercício físico, etc.Importante citar que a reação inicia muito rapidamente após o contato da pessoa alérgica a esses desencadeantes. Muitas vezes, alguns minutos apenas. Outra coisa importante é que dependendo da sensibilidade do paciente, quantidades mínimas do desencadeante já podem causar a reação, como até mesmo inalação (por exemplo, o cheiro do camarão fritando já pode desencadear anafilaxia em alguém muito sensibilizado).Em algumas situações não é possível perceber um desencadeante e a pessoa já apresenta o conjunto de sintomas típicos da anafilaxia. Nesse caso, chamamos a anfilaxia de idiopática.

O que devo fazer para me proteger?

O mais importante é saber exatamente qual é o tipo de sua reação. O(a) alergista é o profissional mais indicado para fazer o diagnóstico de seu problema e orientar como evitar os desencadeantes. Ele também vai prescrever adrenalina que é a medicação mais apropriada para resgatar alguém de uma crise de anafilaxia. Por enquanto, não temos aqui no Brasil a adrenalina autoinjetável que seria a mais indicada nessas situações. Essa adrenalina autoinjetável é um dispositivo portátil com apenas uma dose pronta de adrenalina para o próprio indivíduo aplicar antes e ter tempo de procurar atendimento médico em emergência. Discuta com seu(sua) alergista quais as opções existentes.

A anafilaxia é uma emergência médica. Logo após o uso de adrenalina, procure o Pronto Socorro mais próximo e se necessário chame o SAMU (193).

Divulgue seu problema entre familiares e amigos para eles lhe ajudarem em caso de reação. E carregue sempre o cartão de identificação de anafilaxia com você.

Entre no site www.sbai.org.br/anafilaxia e receba mais informações.

ADRENALINA – medicação salvadora

Não há a menor dúvida que a adrenalina deve ser utilizada nos primeiros minutos de uma crise de anafilaxia. Isto não apenas reverte, como previne o agravamento dos sintomas até o choque ou a falência respiratória.


A Diretoria da ASBAI enviou carta à Anvisa em novembro de 2014 solicitando a viabilização no Brasil da medicação epinefrina (adrenalina) em sua forma autoinjetável. Mas até agora, não temos ainda este importante instrumento para os anafiláticos brasileiros


O ideal é que a própria pessoa, um familiar ou alguém disponível no local aplique o remédio, já aos primeiros sinais da reação anafilática. Isso é impossível quando a pessoa ou seu familiar tem de preparar uma injeção. Imagine: abrir uma ampola, aspirar a medicação na dose correta, aplicar com técnica...Isso é muito difícil para quem não tem prática e principalmente em situações de stress.


É comprovado que o atraso na aplicação da adrenalina pode agravar o problema, não havendo tempo para chegar ao hospital e receber tratamento apropriado. Outros medicamentos, como corticóides e antialérgicos (antihistamínicos) demoram para iniciar sua ação, sendo considerados medicações de segunda linha.


A maioria dos países disponibiliza a venda para a população de adrenalina autoinjetável, ou seja, já preparada para que a própria pessoa (criança ou adulto) aplique a medicação de forma imediata. Seu uso é simples e mesmo que não seja um profissional de saúde, é possível utilizar a medicação de forma segura.

Veja a diferença entre ambas as apresentações:

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Figura 1- Adrenalina em ampolas + seringas para aplicação

Figura 2- Adrenalina autoinjetável

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Figura 3- Aplicação da adrenalina autoinjetável – Muito mais simples que preparar uma injeção!!!

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Infelizmente, no Brasil só é possível adquirir a adrenalina autoinjetável através de importadoras e com um preço muito alto. Como o produto tem validade curta, muitas vezes inviabiliza sua aquisição. A Associação Brasileira de Alergia (ASBAI) coordena os médicos portadores de título de especialista em Alergia em todo o Brasil e em sua luta pelo direito dos alérgicos ao tratamento adequado.

 
 
 

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